QUANDO A PSICOLOGIA ESCOLAR ENCONTRA A CLÍNICA DA ATIVIDADE

  • Lígia Carvalho Libâneo Doutora em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. Psicóloga escolar na Coordenação de Articulação da Comunidade Educativa (CoEduca/DASU/DAC) na Universidade de Brasília
  • Lúcia Helena Cavasin Zabotto Pulino Pós-doutora em Filosofia (Estética), na Université Paris 8, em Paris. Doutora em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, do Instituto de Psicologia, da Universidade de Brasília
Palavras-chave: psicologia escolar; clínica da atividade; trabalho; criação

Resumo

Este artigo tem por objetivo tecer aproximações teóricas e metodológicas entre a psicologia escolar e a clínica da atividade. As conceituações de trabalho e atividade na perspectiva histórico-cultural do desenvolvimento humano foram as linhas condutoras e promotoras desse encontro entre as duas áreas. Trata-se de uma comunicação constituída por três momentos. No primeiro deles, dialogamos sobre os avanços, os desafios e as necessidades da psicologia escolar em universidade identificados na produção acadêmico-cientifica-profissional contemporânea. No segundo momento, discutimos alguns conceitos da clínica da atividade que inspiram reflexões sobre a centralidade da categoria trabalho na atividade da psicóloga escolar.  Esta centralidade é um dos temas da terceira seção, também constituída por outras discussões como: as circunstâncias socioinstitucionais do trabalho da psicóloga escolar na educação superior, as sendas entre o trabalho prescrito e o real da atividade, e o papel de interveniente. Nossa intenção com o artigo é promover alguns deslocamentos dos temas contemporâneos centrais da psicologia escolar, tomando as produções teóricas da clínica da atividade como inspiração-recurso para pensar a atuação da psicóloga escolar. Entre esses deslocamentos, focalizamos a importância da temática de (se) trabalhar a atividade da psicóloga escolar e dos demais atores educacionais, entre eles os servidores técnico-administrativos em universidade, segmento pouco visibilizado na produção acadêmica da psicologia escolar. Esperamos que nossa escrita contribua teórica e metodologicamente com a área da educação na construção de novos campos de possibilidades para se pensar as problemáticas que envolvem os processos de ensino-aprendizagem, na superação das leituras individualizantes e patologizantes e no estudo da potência coletiva dos trabalhadores em educação como sujeitos criadores do trabalho.

Biografia do Autor

Lúcia Helena Cavasin Zabotto Pulino, Pós-doutora em Filosofia (Estética), na Université Paris 8, em Paris. Doutora em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, do Instituto de Psicologia, da Universidade de Brasília

Pós-doutora em Filosofia (Estética), na Université Paris 8, em Paris. Doutora em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Professora do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, do Instituto de Psicologia, da Universidade de Brasília. Email: luciahelenaczp@gmail.com

Publicado
2023-03-20