DISPARIDADES ENTRE A NORMATIZAÇÃO DO GRI E A PRÁTICA DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE
Resumo
Neste trabalho objetiva-se avaliar o nível das informações ambientais contidas nos relatórios de sustentabilidade divulgados voluntariamente pelas empresas Elekeiroz e Braskem referentes ao ano de 2010. Mediante análise qualitativa e comparativa entre o conteúdo dos relatórios e o modelo proposto pela Global Reporting Initiative (GRI), procura-se averiguar o grau de conformidade das informações divulgadas a respeito de cada indicador ambiental. Através de uma análise crítica das informações, procura-se evidenciar os pontos positivos e negativos que envolvem a divulgação de informações ambientais através dos relatórios de sustentabilidade, assim como avaliar a influência gerada pela GRI sobre o nível das informações repassadas pelas empresas. Mediante análise é possível perceber que o nível de classificação não está voltado para um parecer a respeito da qualidade das informações e sim apenas para a adequação aos números de indicadores necessários. Sendo assim, é perceptível que embora a GRI disponibilize diretrizes que norteiem a elaboração dos relatórios, o quesito qualidade é deixado de lado, principalmente no momento da verificação dos relatórios. Fica claro que os aspectos evidenciados pelas empresas envolvem apenas o que elas pretendem divulgar, isso fica comprovado mediante o número de indicadores divulgados pelas empresas analisadas. Sendo que esse baixo número de informações é acobertado pelas normas estabelecidas pela própria GRI. Apesar da notória evolução que envolve a divulgação das informações de cunho social e ambiental, é constatado que ainda se faz necessário a criação de leis que regulamentem e tornem obrigatória a evidenciação das informações ambientais, principalmente atreladas as demonstrações contábeis, garantindo assim um maior grau de confiabilidade a essas informações.