CRÉDITO CONSIGNADO E ENDIVIDAMENTO DOS SERVIDORES DO DISTRITO FEDERAL

  • Ronei Mendes Pereira
  • Celso Vila Nova de Souza Júnior
  • Guilherme Campos Gonçalves
  • Alexandre Nascimento de Almeida
  • André Nunes
Palavras-chave: endividamento, crédito consignado, educação financeira

Resumo

A estabilização econômica e inflacionária a partir do Plano Real, acrescida de programas de geração de emprego e renda, mudaram paradigmas em termos de consumo e acesso ao crédito pelo brasileiro. A evolução da regulamentação do setor bancário e suas inovações desmistificaram parte dos produtos financeiros e permitiram a criação de soluções mais atrativas para o consumidor, como o empréstimo consignado. Este, voltado em sua maioria para servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS, é caracterizado por taxas de juros acessíveis e prazos de pagamento mais flexíveis, sendo considerado um importante instrumento financeiro para antecipação do consumo. O acesso ao crédito no Brasil não veio acompanhado de educação financeira, ocasionando um crescente grau de endividamento e inadimplência. Nessa perspectiva, o presente estudo tem como objetivo fornecer um panorama do endividamento dos servidores da SEEDF com o uso do empréstimo consignado no triênio 2016 – 2018, para subsidiar oportunidades na implementação de programas e ações de incentivo à educação financeira e ao uso consciente do crédito. Os principais achados indicam aparente homogeneidade na propensão à tomada do crédito consignado entre servidores ativos e inativos, bem como entre homens e mulheres vinculados ao órgão. Quanto a evolução dos montantes consignados, o ano de 2018 mostrou forte queda nos números, contrariando a curva ascendente continuada dessa modalidade de financiamento. A partir dessa análise, e à luz do referencial teórico apresentado, sugere-se como solução para a disseminação da educação financeira e potencialização do uso consciente do crédito a adoção de capacitações e programas na instituição.

Publicado
2022-06-24