EFICIÊNCIA DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO NO COMBATE AOS CRIMES LETAIS

  • Luís Antônio Viana da Silva
  • Tito Belchior Silva Moreira
Palavras-chave: Segurança Pública, Homicídios, Eficiência, Análise Envoltória de Dados, Gastos com a segurança pública, Benchmark

Resumo

O governo tem várias responsabilidades quando se trata de políticas públicas, dentre as existentes, a segurança pública que é um dos alicerces da sociedade a ser analisado neste trabalho. Assim como em outras áreas de atuação do Estado, a situação da segurança pública no Brasil não é considerada eficiente, principalmente em relação à proteção diária do cidadão e seus custos para os cofres públicos. Pensando nisso, este trabalho busca analisar a eficiência das unidades da federação no setor de segurança pública, não só no combate a criminalidade, como também na utilização eficiente dos recursos financeiros adquiridos pelas unidades da federação. Para realizar esse trabalho foi utilizada a metodologia não paramétrica da Análise Envoltória de Dados (DEA), que transforma um problema de cálculo da eficiência em um problema de pesquisa operacional. Esse modelo calcula a eficiência produtiva, ou determina a eficiência de uma unidade (as chamadas DMUs), de forma que as unidades eficientes serão utilizadas em conjunto como referência para as outras. Essas DMUs eficientes, que são chamadas Benchmarks, servem como um parâmetro para a melhoria do desempenho das outras. Através desse método foi possível fazer a análise quantitativa dos gastos de cada unidade da federação em segurança pública, averiguando quais das unidades foram mais eficientes no combate à criminalidade no ano de 2018. Através da pesquisa feita e da utilização da ferramenta DEA, os resultados mostram que os altos investimentos empenhados em 2018, possibilitaram um número considerável de estados avaliados como eficientes pelo modelo. Mas se for levado em consideração à quantidade total de unidades eficientes e ineficientes, 48% das unidades da federação conseguiram ser eficientes no combate aos crimes letais. A avaliação da eficiência das unidades foi satisfatória, mas de acordo com o modelo, o setor de segurança pública no Brasil ainda continua ineficiente.