Estimativa do Impacto dos Setores Produtivos nas Emissões de CO2e: Evidências para o Brasil (2000-2015)
Resumo
As mudanças climáticas resultantes das emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEE) antropogênicos aparecem no topo das discussões acadêmicas e de políticas públicas internacionais, neste contexto o objetivo do presente artigo foi estimar o impacto do desenvolvimento dos setores produtivos nas emissões de CO2e entre o período de 2000-2015, utilizando abordagem econométrica e dados em formato de séries temporais coletados de fontes secundárias oficiais. Os resultados evidenciaram que o crescimento do agronegócio promove impactos com aumentos consideráveis nas emissões totais de CO2et no Brasil, assim como nos setores de emissões de CO2e: mudanças do uso do solo e na agropecuária. Nos demais setores de emissões, as externalidades foram nulas nas emissões de GEE. O crescimento econômico da indústria promove significativos aumentos das emissões de CO2e no setor de emissões na agropecuária. Ao serem analisadas as variáveis que contribuem para com o avanço tecnológico, observou-se indícios de que os dispêndios em P&D no setor público corroboram para a redução das emissões de CO2e no setor de emissões na agropecuária, mas, opostamente, promovem aumentos das emissões no setor de energia e, não se mostra impactante nas emissões de GGE nos demais setores. Com relação aos aumentos dos desembolsos de crédito pelo BNDES, há evidências de que promove reduções nas emissões de CO2e nos processos industriais, mas não influência nas emissões nos demais setores de emissões.