POLÍTICA DE DESTINAÇÃO DE RESULTADOS: UMA ANÁLISE NO NÍVEL DE EVIDENCIAÇÃO, NA REPRESENTATIVIDADE E NAS CARACTERÍSTICAS DAS COMPANHIAS DE CAPITAL ABERTO BRASILEIRAS

  • Alex Zimmer Machado
  • Maíra Melo de Souza
Palavras-chave: Destinação de lucros, Dividendos, Juros sobre Capital Próprio, Evidenciação

Resumo

O presente estudo objetivou identificar características associadas com o nível de evidenciação e a representatividade da política de destinação de resultados nas companhias abertas brasileiras. Para isto, foi elaborada uma lista de verificação para o cálculo do índice de evidenciação e foram coletados os dados pertinentes à representatividade e as seguintes características: nível de governança corporativa, concentração de controle, empresa de auditoria, listagem na New York Stock Exchange (NYSE), presença de empresas não financeiras como acionistas majoritários, empresa de propriedade familiar e não familiar, tamanho e nível de endividamento. Foram analisadas todas as companhias de capital aberto brasileiras, com exceção das instituições financeiras, perfazendo uma amostra de 244 observações. O ano estudado foi 2018. Os resultados demonstraram que, em média, o nível de evidenciação foi maior
nas companhias que adotam algum segmento diferenciado de governança corporativa, não possuem concentração de controle igual ou superior a 50%, são auditadas por uma Big Four, são listadas na New York Stock Exchange (NYSE) e não são controladas por empresas não financeiras. No que tange à representatividade, percebeu-se que as companhias optaram por distribuir lucros aos acionistas principalmente via dividendos. Entretanto, os JSCP tenderam a ser mais utilizados, em média, quando a companhia pertencia a segmento diferenciado de governança corporativa, não havia concentração de controle, era auditada por uma Big Four, listada na NYSE, possuía controle familiar e não era controlada por uma empresa não financeira.

Publicado
2022-07-19