O projeto de extensão “Guardiões de memória: formação histórica e patrimonial em Iguatu” na compreensão das suas bolsistas
Resumo
A extensão, enquanto tripé valioso da universidade brasileira, faculta vivências formativas para os discentes, ao mesmo tempo em que estreita o laço entre comunidade acadêmica e sociedade. Dessa feita, objetiva-se discutir como as bolsistas extensionistas envolvidas no projeto “Guardiões de memória: formação histórica e patrimonial em Iguatu”, vinculado à FECLI/UECE, compreendem as ações realizadas no ínterim do ano de 2024, com ênfase nas contribuições do citado projeto para as suas formações. Trata-se de um estudo qualitativo desenvolvido metodologicamente através da coleta de relatos reflexivos junto às bolsistas, com base nos pressupostos da pesquisa do tipo “escrita de si”, de Christine Josso. Os dados revelam que as pesquisas de campo, que se constituíram na busca documental e oral, oportunizou variados aprendizados para as bolsistas, indo além dos conhecimentos a respeito da história de Iguatu, pois, na oportunidade, elas compreenderam a importância da narrativa para a (re)constituição histórica, principalmente na ausência de documentos, bem como protagonizaram momentos formativos dialógicos, como exposições fotográficas e minicursos, a partir dos quais não apenas levaram conhecimentos para o público-alvo, como também foram impactadas pelos conhecimentos que eles traziam. Conclui-se que a extensão universitária possibilita a formação acadêmica que ultrapassa o currículo dos cursos de graduação, sendo um importante mecanismo formativo para os discentes envolvidos.
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